sábado, 19 de maio de 2007

Nosso Lar

Lembro da emoção quando vi Cosmos, do astrônomo Carl Sagan, na televisão , na Rede G... foi em 1982. Sempre gostei de Astronomia, de ler sobre o assunto, desde pequeno, embora nem astrônomo amador eu seja, participe de discussões sobre temas, ou me aventure a ser um grande conhecedor de seus assuntos. Mas sempre procuro ler e estar bem infornado. Lembro que o Planetário da Gávea e suas projeções, sempre tiveram um efeito fantástico na minha imaginação, desde minha primeira ida, até as inúmeras visitas atuais.
Este post têm este tema, além claro de ser um dos meus interesses, porque descobri o blog de Danilo Albergaria, de Campinas - Sp - Brasil, Pálido Ponto Branco (http://palidopontobranco.blogspot.com/) olhando o blog do Flávio Gomes, Blig do Gomes, sobre automobilismo (http://bligdogomes.blig.ig.com.br/index.html). Danilo é aficcionado em Astronomia e entende bem do assunto, e vendo seu blog deparei-me com o trecho do livro Pale Blue Dot (aqui Pálido Ponto Azul) de Sagan, e o vídeo com o próprio recitando o mesmo trecho postado.

De Sagan li este, Pale Blue Dot (Pálido Ponto Azul), Cosmos, Os Dragões do Éden. E lembro dele em Cosmos fazendo uma analogia com um Dente de Leão (uma flor do gênero Taraxacum officinale, no Nordeste chama-se Esperança, nos EUA Dandelion) numa praia, com a semente flutuando ao vento... A mais marcante foi quando apresenta uma analogia da evolução do Universo, o surgimento da Terra e o aparecimento do homem , e compara tudo isto a uma volta de 60 segundos em um cronômetro... a posição do homem neste neste relógio corresponde ao último segundo antes da volta se completar... É impressionante quando deixamos de pensar na nossa escala de dimensões e existência neste planeta, e começamos a olhar/contemplar uma escala universal... é também assustador.
"Mundos rolam sobre mundos
Da criação à degeneração,
Como bolhas em um rio
Brilhando, explodindo, carregadas em vão."
Percy Bysshe Shelley (1792-1822) - poeta romântico inglês

O livro e o trecho de vídeo de Pale Blue Dot (Pálido Ponto Azul) deveriam ser obrigatórios a todos os seres humanos, em cada escola, universidade, nos quatro cantos do mundo. O legado de Sagan é maior que a sua própria vida. Seguem o trecho do livro, abaixo, e o vídeo com a narração de Sagan está aí ao lado.




"Nosso lar" - a imagem da Terra, captada pela sonda espacial Voyager 1 em 1990, a uma distância de mais ou menos 6,5 bilhões de kilômetros. Infinito e infinitesimal!

Carl Sagan:

"Olhem de novo para o ponto. É ali. É a nossa casa. Somos nós. Nesse ponto, todos aqueles que amamos, que conhecemos, de quem já ouvimos falar, todos os seres humanos que já existiram, vivem ou viveram as suas vidas. Toda a nossa mistura de alegria e sofrimento, todas as inúmeras religiões, ideologias e doutrinas econômicas, todos os caçadores e saqueadores, heróis e covardes, criadores e destruidores de civilizações, reis e camponeses, jovens casais apaixonados, pais e mães, todas as crianças, todos os inventores e exploradores, professores de moral, políticos corruptos, “superastros”, “líderes supremos”, todos os santos e pecadores da história de nossa espécie, ali - num grão de poeira suspenso num raio de Sol. A Terra é um palco muito pequeno em uma imensa arena cósmica. Pensem nos rios de sangue derramados por todos os generais e imperadores para que, na glória do triunfo, pudessem ser os senhores momentâneos de uma fração desse ponto. Pensem nas crueldades infinitas cometidas pelos habitantes de um canto desse pixel contra os habitantes mal distinguíveis de algum outro canto, em seus freqüentes conflitos, em sua ânsia de recíproca destruição, em seus ódios ardentes.Nossas atitudes, nossa pretensa importância, a ilusão de que temos urna posição privilegiada no Universo, tudo é posto em dúvida por esse ponto de luz pálida. O nosso planeta é um pontinho solitário na grande escuridão cósmica circundante. Em nossa obscuridade, no meio de toda essa imensidão, não há nenhum indício de que, de algum outro mundo, virá socorro que nos salve de nós mesmos. A Terra é, até agora, o único mundo conhecido que abriga a vida. Não há nenhum outro lugar, ao menos em futuro próximo, para onde nossa espécie possa migrar. Visitar, sim. Goste-se ou não, no momento a Terra é o nosso posto. Tem-se dito que a astronomia é uma experiência que forma o caráter e ensina a humildade. Talvez não exista melhor comprovação da loucura das vaidades humanas do que esta distante imagem de nosso mundo minúsculo. Para mim, ela sublinha a responsabilidade de nos relacionarmos mais bondosamente uns com os outros e de preservarmos e amarmos o pálido ponto azul, o único lar que conhecemos."


Abaixo duas fotos de Dente de Leão


A Flor


A semente ao Vento

domingo, 6 de maio de 2007

Blade Runner - 1982


Blade Runner - 1982 - director: Riddley Scott - cast: Harrison Ford (Rick Deckard), Rutger Hauer (Roy Batty)

Roy Batty speech:
"Quite an experience to live in fear, isn't it? That's what it is to be a slave.
I've seen things you people wouldn't believe. Attack ships on fire off the shoulder of Orion.
I watched C-beams glitter in the dark near the Tannhauser gate.
All those moments will be lost in time, like tears in rain.
Time to die."

Rick Deckard voice over:
"I don't know why he saved my life.
Maybe in those last moments he loved life more than he ever had before. Not just his life, anybody's life, my life.
All he'd wanted were the same answers the rest of uswant.Where did I come from? Where am I going? How longhave I got?
All I could do was sit there and watch him die."


O vídeo com a espetacular cena final no terraço (ainda com a narração em off que Riddley Scott e Harrison Ford não gostavam), inteira, desde o seu início, quando Roy Batty (Rutger Hauer) fala sobre medo e escravidão, e que considero superior até ao final "tears in rain" (que é sensacional também) está aí ao lado.
Sem tradução, ponham a cabeça para funcionar!


Planet Of The Apes (O Planeta dos Macacos) - 1968


Planet Of The Apes - 1968 - direção de Franklin J. Schaffner
George Taylor (Charlton Heston) e Nova (Linda Harrison, morena linda e deliciosa, um espetáculo), descem do cavalo numa praia e presenciam uma cena atordoante, e então ele vomita toda sua ira contra a humanidade:
“Oh my God! I’m back! I’m home!
All the time, it was...
We finally really did it!
You maniacs!
You blow it up! Ah, damn you!
God damn you all to Hell!”


O vídeo com a cena está aí ao lado, sua fantástica trilha incidental e um dos discursos e finais mais impactantes até hoje no cinema. Sem tradução!

The Incredible Shrinking Man (O Incrível Homem Que Encolheu) - 1957 - Sci-Fi


The Incredible Shrinking Man (1957)
[closing soliloquy narration] Scott Carey: "I was continuing to shrink, to become... what? The infinitesimal? What was I? Still a human being? Or was I the man of the future? If there were other bursts of radiation, other clouds drifting across seas and continents, would other beings follow me into this vast new world? So close - the infinitesimal and the infinite. But suddenly, I knew they were really the two ends of the same concept. The unbelievably small and the unbelievably vast eventually meet - like the closing of a gigantic circle. I looked up, as if somehow I would grasp the heavens. The universe, worlds beyond number, God's silver tapestry spread across the night. And in that moment, I knew the answer to the riddle of the infinite. I had thought in terms of man's own limited dimension. I had presumed upon nature. That existence begins and ends in man's conception, not nature's. And I felt my body dwindling, melting, becoming nothing. My fears melted away. And in their place came acceptance. All this vast majesty of creation, it had to mean something. And then I meant something, too. Yes, smaller than the smallest, I meant something, too. To God, there is no zero. I still exist!"


O vídeo com a narrativa deste solilóquio está aí ao lado.
Um filme Sci-Fi da década de 50, maravilhoso. Releve a citação religiosa ou a científica, ou as duas, à sua escolha. Mas apenas aprecie e pense que faz parte de um filme da década de 50, e o conceito de infinito, e principalmente infinitesimal, nunca haviam sido abordados em cinema. (hoje seria muito comum com as pesquisas de partículas). E não, não traduzirei... quebrem suas cabeças e línguas!

sábado, 5 de maio de 2007

E começou... Começou???

Bom começou no Tahiti a edição do, segundo os especialistas, campeonato mais perigoso do mundo, a onda mais perigosa da face da terra... A emissora dos "esportes" na tv aberta, a G... e seu braço esportivo na tv a cabo, S...TV, sempre colocam em suas coberturas bombásticas e dramáticas, a afirmação "Teahupoo no dialeto tahitiano significa A praia dos crânios quebrados" ano após ano... Brrrrr!!!!!!!! Detalhe que esta cobertura é milimetricamente igual... todos os anos!!!

Só vêm a minha cabeça o filme "Matineé" estrelado por John Goodman, em que ele é um diretor/produtor de filmes de ficção científica B nos anos 60, durante a crise dos mísseis EUAxCuba/URSS. Ele vai a Flórida lançar seu novo filme "Mant" (na tradução e legendas brazuca, Hormiga ou Homem Formiga - calma, o nosso maior big rider não havia nascido nesta época)... Bom ele pega o melhor cinema do local e, num truque típico dos diretores de sci-fi B para aumentar a adrenalina dos espectadores no momento de tensão, coloca dentro dos assentos das poltronas, dispositivos de choque, controlados pelo rapaz reponsável pelos rolos de exibição!!! Hilário, mas diga-se de passagem eficaz!!!

Bom voltando a Praia dos Crânios Quebrados, mar pequeno para os padrões, apenas em algumas baterias, e depois de tempos, entrava uma onda viradoura, mais pesada. Muitas manobras e poucos tubos profundos e pesados.



Pré evento - vai ser demais este campeonato



1 Fase - Hummm...



Não vou aqui ficar analisando baterias, este ou aquele surfista, mas sim o que me chamou a atenção fortemente.




KS - Na Flórida?



Bruce Irons pré evento - dentro de casa e relaxado



Bruce Irons na 1 fase - parecendo simples e fácil


É impressionante como passam os anos e Slater e os Irons continuam à vontade, surfam sem pressão alguma, nestes picos considerados extremos. Pode ser qualquer condição, pequenas ou grandes ondas, mas já entram confiantes e sabedores da vitória. Você não os sente intimidados por nenhum destes novos garotos, ou pelos sempre prometidos "novos campeões australianos" da vez... principalmente nestes picos.



Pigmeu - o gosto para que as condições "piorem" - vai dar o que falar, tomara



Mineirinho - fazendo o jogo certo e jogando à favor da maré



Pigmeu acho que vai ser uma surpresa e tanto, seja se continuar pequeno como está ou se subir mais ainda. Ele passa o gosto por estes mares, algo que não sinto quando olho para Mineirinho ou no ano passado, Pedro Henrique. Mineirinho diga-se de passagem surfou bem e soube se aproveitar das condições do mar, e da sorte das duas boas ondas virem de encomenda para ele.




Taylor Knox - Patrocinador e visual novo... elixir? O surfe é o mesmo, power ao extremo




Dean Morrison - muito bom surfe e solto na "vala"


Outros dois que gostei foram Taylor Knox, com uma onda sensacional , um tubo profundo, onda cavada e grossa, e logo depois de sair, um cut back de back side fantástico, batendo contra o lip e voltando. Um "back side round house cutback", tipo aqueles nomes cafonas de competições de "Bike Stunts", "no foot can can superman roll spin", que passa na ESPN Brasil, com comentários do "big rider" Hormiga e da companheira ciclista de passeios com voz de Cássia Eller... Patrocínio novo e visual novo, o elixir da juventude... e surfe power ao extremo. Dean Morrison também, muito bom, com tubo forte e cavado, manobrando bem e surfando solto.


Força Vitinho


Os outros achei dentro do padrão, mas sempre deve-se ficar de olho em Bob Martinez, os Hobgoods, no eterno agachamento do Corey Lopez, Vitinho, e de alguns novatos franco atiradores. Acho que o Fanning pode incomodar este ano em Teahupoo, mas não acredito nele para vitória.

Taj - é abóbora ou limão bravo?


Mas e Taj? Deculpem mas não engulo.Tipo do cara que pode liderar o ranking agora, mas não chega. A questão não é de posição de ranking, mas de pressão, o tal "power" entre estes que estamos sempre falando. Não passa uma imagem e sensação de campeão, cisca muito além da conta. Em Snapper quando o mar estava mais encorpado e armado, era nítida a sua menor pressão e surfe mais leve quando manobrava no crítico, comparado aos Irons, Slater, Fanning, Parko, para ficar só nos regular foot.
Pode voar, cambalhotar, fazer "no foot can can superman roll spin" em sequência, que não acredito nele, não levo fé.

Gosto de todos os esportes em geral, e lembro-me de amigos comentando sobre Fórmula 1, que achavam chato a corrida em si, que a emoção estava na largada e nos acidentes quando aconteciam... extremamente mórbidos não???
E o que isto têm haver com Teahupoo?





A Praia dos Crânios Quebrados



Bom você prefere A Praia dos Crânios Quebrados como na primeira fase ou como estamos acostumados a imaginar nos nossos pesadelos com ondas?
Eu jogo no time de Gomez e Mortícia Adams ou de Herman e Lili Munster, quando vêm a etapa da... Praia dos Crânios Quebrados!!! E em tela grande e em "Horroscope" via Net...





Alguém vai???



ou será que ouviremos a tradicional frase do cara remando ao lado...



Vai que é boa!!!!!!!!!!




quinta-feira, 3 de maio de 2007

Vai começar...

Andy Irons


Bruce Irons


Cory Lopez... tudo bem, ainda no vaso, mas...


Sim vai começar... a hora em que se separam os homens dos meninos!

Aonde se vê quem realmente quer ganhar alguma coisa, quem realmente almeja uma conquista!
Ou como diziam os antigos cronistas de futebol, "a hora em que se vê quem têm mais garrafa vazia para vender..."

Aposto neste cara aí de back side...

Os outros dois são apenas exemplos de como se deve encarar a situação...